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segunda-feira, 30 de abril de 2012


Asperger: uma história de superação de uma mãe e seu filho

      Em meio a dificuldades para encontrar um diagnóstico, conheça o depoimento de Camille, uma mãe que aprendeu a conviver com o Asperger do filho.


Fonte: http://www.isaudebahia.com.br/noticias/detalhe/noticia/asperger-uma-historia-de-superacao-de-uma-mae-e-seu-filho/






Minha história não é diferente de nenhuma outra mãe de filho especial, autista. Felipe nasceu no dia 1º de maio de 2005, muito amado, saudável e fofo! Com apenas um aninho e meio, já era fissurado por ventiladores e rodava as mãozinhas para imitar o movimento da hélice. Achávamos engraçadinho, mas ao mesmo tempo estranho. Com dois anos resolvi matriculá-lo numa escolinha para ele começar a se socializar, ter contato com outras crianças. Depois de alguns meses, a professora me chamou pra conversar e me disse que Felipe se isolava, gritava muito e sua atenção era focada nos ventiladores da sala. Recomendou-me uma neuropediatra e não me falou nada de sua suspeita de autismo.

Assim o fiz, levei-o ao tal médico, que nada viu de errado com meu filhote, apenas me disse que ele era uma criança normal como todas as outras, pois falava, andava, tinha os reflexos perfeitos... Fiquei aliviada, mas aquele interesse restrito por ventiladores me chamava a atenção.

Um dia, uma conhecida contou-me que seu sobrinho, que tinha uma fissura por banheiros, foi diagnosticado com autismo.  Como toda mãe, fui pra internet, pesquisar e me deparei com muitas características de autismo no Felipe. Entrei em choque, chorei, gritei e entreguei nas mãos de Deus.

Depois de alguns meses, conheci a Associação de Pais de Autistas e Deficientes Mentais (APADEM) e levei meu filho para uma consulta com uma psiquiatra especialista em autismo. A essa altura eu queria mesmo uma reposta, pois sabia que meu filho precisava de ajuda. 



Com três anos, Felipe foi diagnosticado como portador da Síndrome de Asperger, um transtorno do espectro autista, diferenciando-se do autismo clássico por não comportar nenhum atraso ou retardo global no desenvolvimento cognitivo ou da linguagem do indivíduo.

Diante desse diagnóstico, tive meus medos, insegurança, depressão... Mas logo pensei que o progresso e o sucesso do meu filho dependiam de mim e que eu teria de estar bem para começar a luta. Felipe começou com todas as terapias necessárias e, em apenas dois meses, percebemos o sucesso! Sua vitalidade, seu carisma e vontade de vencer fizeram com que ele superasse todas as etapas. Hoje, com seis anos, venceu mais uma batalha: a sua alfabetização foi um sucesso!

Algumas mães e avós me procuram para conversar sobre autismo. A primeira coisa que falo é que Deus sempre tem um propósito. O propósito que Ele fez em minha vida foi me dar esse filho maravilhoso que me ensina a cada dia. A cada brilho nos seus olhos é uma felicidade infinita...

Obrigada Felipe Groetaers Costa por me fazer uma mãe tão feliz e tão especial!
Camille mantém um blog no qual compartilha sua relação com seu filho e o Asperger. http://felipeanjomeu.blogspot.com/

Veja um vídeo em que Camille e Felipe participaram de uma campanha sobre a conscientização do autismo.


Um comentário:

  1. Olá, tbem sou mãe de um menino com asperger e me identifiquei muito com sua história, ate o nascimento deles foram próximos, meu filho é de 04/03/2005... bjsss e sorte!!!!

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