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terça-feira, 7 de junho de 2011
Inclusão escolar dos alunos com necessidades educativas
Estudos recentes têm demonstrado que a realidade educacional, incluindo os currículos, a formação de professores, bem como as adaptações didáticas e arquitetônicas, entre outros aspectos, não atende as demandas dos alunos portadores de necessidades educativas especiais (APNEE), a despeito das tendências jurídico-normativas e das diretrizes educacionais. A meta da inclusão escolar é, desde o início, não deixar ninguém fora do sistema de ensino regular, que terá de se adaptar às particularidades de todos os alunos.
A inclusão é uma tarefa possível de ser realizada, mas é impossível de se efetivar por meio dos modelos tradicionais do sistema escolar. Somado a isso, muitos profissionais de educação não estão preparados e não recebem o apoio necessário para trabalhar com os APNEE devido a lacunas existentes tanto na formação inicial quanto na capacitação continuada, o que inclui uma carência de conhecimento acerca das próprias políticas de inclusão escolar no ensino regular.
Isto significa, então, que a inclusão escolar implica numa reforma na organização e funcionamento dos serviços destinados aos APNEE, de que não dispomos por este Brasil afora. Neste contexto, numa perspectiva prática, a formação do pessoal envolvido com a educação é de fundamental importância, sendo pré-requisito para a escola inclusiva que os professores sejam efetivamente capacitados para transformar sua prática educativa.
terça-feira, 19 de abril de 2011
Meninas e Síndrome de Asperger
Como no caso do TDAH (Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade), os sintomas da síndrome de Asperger são diferentes em meninas em relação aqueles apresentados por meninos, conseqüentemente, o número de meninos encaminhados para uma avaliação é bastante superior ao de meninas, numa proporção de 10:1.
Apesar disso, estudos epidemiológicos sugerem que uma relação de 4:1 é mais precisa, o que significa que provavelmente milhares de meninas com síndrome de Asperger nunca irão receber um diagnóstico.
Meninas e Síndrome de AspergerFonte: www.yourlittleprofessor.com
Tradução livre e adaptação de Ubiratan Bueno
Tradução livre e adaptação de Ubiratan Bueno
A principal diferença encontrada no diagnóstico da síndrome de Asperger entre meninos e meninas parece ser causada pela maneira peculiar de como meninos e meninas se expressam. O comportamento agressivo é mais perceptível, e uma criança que é excessivamente agressiva é mais susceptível de ser avaliada. Uma vez que as meninas têm maior capacidade de expressar suas emoções, elas são menos propensas a extrapolá-las quando estão incomodadas, confusas ou sobrecarregadas. Sem este comportamento "bússola", os outros aspectos síndrome de Asperger são mais propensos a passar despercebidos.
Outra semelhança entre o TDAH e síndrome de Asperger em meninas é que os sintomas são mais passivos por natureza, o que torna mais difícil perceber. Como os sintomas são mais leves, os pais também estão mais relutantes em levar sua filha para realizar um diagnóstico.
Alguns especialistas especulam que uma razão de que menos meninas são diagnosticadas é porque os seus colegas são mais propensos a ajudá-las a lidar com situações sociais, que é onde os sintomas de Asperger são mais facilmente identificáveis. O ato de acolher é um instinto feminino, e é assim que as amigas de uma menina com a síndrome de Asperger vão confortá-la intuitivamente quando ela estiver chateada, ou guiá-la através de interações sociais. Em contraste, os garotos tendem a ser mais 'perversos' e, portanto, mais susceptíveis a provocar um menino com síndrome de Asperger. Devido as amigas de uma garota fazerem o seu melhor para ajudá-la, seus pais e/ou professores podem não perceber os sintomas, ou não podem percebê-los com bastante freqüência, o que obrigaria a buscar um diagnóstico clínico.
Um dos sintomas chave que é comum entre meninos e meninas é o interesse hiper-focalizado em uma determinada coisa ou assunto. Para os meninos, os interesses especiais são muitas vezes em áreas de ciência ou de transporte (trens ou aviões). Nas meninas, o foco está freqüentemente em animais ou em literatura clássica. O interesse em si não é incomum, mas uma criança com Asperger terá um conhecimento excepcionalmente íntimo de seu tema de interesse. As meninas podem brincar com bonecas e ter amigos imaginários, o que não parece de todo incomum. Entretanto, seu interesse por essas coisas vão continuar, mesmo quando ela for uma adolescente, quando isso já deverá ter sido superado.1
Devido às situações sociais serem estressantes e desconfortáveis para meninas com síndrome de Asperger, muitas vezes elas aprendem a imitar as pessoas que têm fortes habilidades sociais. Eles podem adotar de outra pessoa maneirismos, expressões faciais e até mesmo entonações. Novamente, isto é por vezes, mal interpretado, especialmente em crianças mais velhas ou em adultos, e que pode conduzir a um diagnóstico equivocado de transtorno de personalidade.
Dr. Tony Atwood2, em seu artigo sobre as meninas com Asperger, observou que as meninas "são mais motivadas a aprender e mais rápidas em entender conceitos-chave em comparação com meninos com síndrome de Asperger de habilidade intelectual equivalente". Como tal, ele previu que as meninas se sairiam melhor em longo prazo, caso fossem diagnosticadas corretamente.
Os pais que suspeitarem que sua filha possa ter a síndrome de Asperger devem procurar o aconselhamento de um profissional médico especializado. Certifique-se de tomar nota dos comportamentos em questão, incluindo a freqüência e o ambiente no qual o comportamento ocorre. Uma vez que os sintomas de Asperger são muito mais sutis nas meninas, os pais devem se consultar com alguém que seja especializado no diagnóstico da síndrome de Asperger.
Da mesma forma como ocorre em outras casos de dificuldades de comportamento ou de aprendizagem, as crianças com Asperger têm direitos específicos de ensino. Os pais de uma criança que foi diagnosticada com a síndrome de Asperger devem tomar conhecimento da política de ensino e da proposta pedagógica da escola, e se for preciso buscar aconselhamento psico-pedagógico especializado com a finalidade de se obter planos de ensino adaptados. Muitas vezes, uma criança com necessidades educativas especiais decorrentes da síndrome de Asperger, apenas com uma pequena atenção extra, pode seguir no caminho certo para alcançar o seu potencial acadêmico e pessoal.
domingo, 3 de abril de 2011
2ª Semana de Conscientização do Autismo começou sábado

A 2ª Semana de Conscientização do Autismo de Volta Redonda, programada pela Apadem (Associação dos Pais de Autistas e Deficientes Mentais), em parceria da Prefeitura Municipal de Volta Redonda na sua programação, que inclui palestras com professores e especialistas no Campus da UFF (Universidade Federal Fluminense) no Aterrado, audiência pública na Câmara Municipal e passeata nos arredores da Praça Brasil, na Vila Santa Cecília. No dia 2 de abril (sábado) é o Dia Mundial do Autista, por sugestão da ONU (Organização das Nações Unidas). A data também é conhecida como marco de conscientização sobre o autismo.
Na programação da Semana de Conscientização sobre o Autismo, no dia 2, às 8h30, foi realizada uma palestra com o Dr. Walter Camargo Jr – com o tema “O diagnóstico Precoce e Intervenções no Autismo” - na UFF Campus do Aterrado. Ele é psiquiatra com experiência em crianças e adolescentes e trabalha em Belo Horizonte. Cerca de 240 pessoas participaram do evento. \\\\\\\"O evento foi um sucesso\\\\\\\", disse o diretor Social da Apadem, Hugo Vinícius da Costa, que agradeceu o apoio do prefeito Neto.\\\\\\\"Temos mais uma semana de eventos\\\\\\\", falou Hugo, lembrando que a luta é pelo diagnóstico precoce.
Na terça-feira (dia 5), a partir das 17h, será realizada uma audiência pública na Câmara de Vereadores de Volta Redonda, com o tema Políticas Públicas para o Autista.
No dia 07, às 14h, haverá uma passeata realizada por integrantes da Apadem no entorno da Praça Brasil, na Vila Santa Cecília, onde a associação pretende informar melhor ao público o que é o autismo. No dia 9, às 9h, será realizada a palestra “A Família e o Autismo”, com Nilton Salvador, na UFF (campus Aterrado). Ele é escritor, vive em Curitiba (PR), e já publicou quatro livros sobre o assunto, sendo o mais conhecido do público “Vida de Autista”.
AMIGO DO AUTISTA - No ano passado, a Apadem realizou em Volta Redonda a 1ª Semana de Conscientização do Autista, quando o prefeito Antônio Francisco Neto se colocou à disposição para dar o apoio necessário à instituição - que foi fundada em Volta Redonda há 11 anos e é referência no Sul do estado do Rio - e ganhou a distinção de “Prefeito Amigo do Autista”.
Segundo a presidente da Apadem, Cláudia Moraes, a parceria com a Prefeitura Municipal deu credibilidade ao evento. “O prefeito Neto sempre nos apoiou, ele nos ouve, encaminha soluções, está sempre atento quando precisamos da sua atenção”, afirmou Claudia, acrescentando estar recebendo a colaboração das secretarias de Educação, Saúde, e Ação Comunitária.
Volta Redonda tem a maior escola pública da América Latina voltada para a educação especial do autista: a Escola Municipal Especializada Dayse Mansur, no bairro Jardim Paraíba, com 67 crianças, além do Sítio Escola, no bairro São Luiz, que atende 59 alunos. Em toda a rede municipal voltada para a educação infantil e ensino fundamental, tem mais 42 crianças autistas e portadoras de deficiências mentais matriculadas. A presidente da Apadem destacou este trabalho de integração.
“O nosso foco é a família dos autistas com palestras, cursos, oficinas para três grupos, o pai, a mãe e a criança. Os nossos autistas do município são bem atendidos em duas boas escolas da prefeitura. Nós atendemos a mais de 100 famílias”, explicou ela.
Cláudia disse que o próximo passo a ser dado junto com a administração municipal será a capacitação dos médicos da rede municipal para o diagnóstico precoce do autismo. O assunto ainda será encaminhado ao prefeito Neto e à secretária municipal de Saúde, Suely Pinto, porque o diagnóstico precoce auxilia a identificação do transtorno e favorece o tratamento. Uma característica do transtorno apontada pela presidente da Apadem é que a cor azul foi escolhida para representar o autista porque para cada menina afetada existem quatro meninos que apresentam o transtorno.
A Apadem pretende trazer para Volta Redonda, na audiência pública na Câmara Municipal, na próxima terça-feira, um autista que é músico, tenor clássico, fala quatro idiomas, é formado e pós- graduado na faculdade de música. O convidado é também deficiente visual, e conseguiu superar todas essas barreiras para conquistar uma vida que sempre sonhou.
Notícia atualizada dia 31/03/11 às 18:22
Fonte: ACS/PMVR
terça-feira, 29 de março de 2011
Comercial TV Rio Sul, Dia do Autismo
Amigos, é com muita alegria que posto aqui as fotos da gravação do comercial que a TV Rio Sul fará em comemoração ao Dia da Conscientização do Autismo. Lipe será o protagonista, o que me deixa muito feliz e orgulhosa!
Agradeço aos amiguinhos do Lipe, Maria Fernanda , Davi e Lara que tb participaram na gravação.
Agradeço aos amiguinhos do Lipe, Maria Fernanda , Davi e Lara que tb participaram na gravação.
terça-feira, 15 de março de 2011
quinta-feira, 10 de março de 2011
Robô ajuda crianças inglesas com autismo a identificar emoções
Eden Sawczenko se retraía quando outras meninas seguravam sua mão e ficava imóvel quando a abraçavam.
Neste ano, Eden, de quatro anos, que sofre de autismo, começou a brincar com um robô que ensina sobre emoções e contato físico.
"Ela está mais afetuosa com seus amigos e, agora, até toma a iniciativa de abraçar", afirma Claire Sawczenko, mãe da menina.
Eden frequenta uma pré-escola para crianças autistas em Stevenage, ao norte de Londres, onde pesquisadores levam um robô com feições humanas do tamanho de uma criança uma vez por semana para uma sessão supervisionada.
As crianças, cujos níveis de autismo variam de leve a severo, brincam com o robô por dez minutos, enquanto um cientista controla o aparelho por controle remoto.
O robô, chamado Kaspar, é programado para sorrir, franzir, rir, piscar e balançar os braços. Foi construído por cientistas da Universidade de Hertfordshire a um custo de 1.300 libras (R$ 3.475).
Kaspar ainda está em fase experimental, e os pesquisadores esperam que ele possa ser produzido em massa por um preço menor.
INTERAÇÃO
O robô faz poucos truques, como dizer: "Olá, meu nome é Kaspar. Vamos brincar". Ele ri quando encostam em suas laterais ou nos seus pés, levanta os braços e, se leva um tapa, põe as mãos no rosto e grita: "Ai, isso dói".
"Crianças com autismo não reagem bem às pessoas porque elas não entendem as expressões faciais", diz Ben Robis, pesquisador de ciências da computação na Universidade de Hertfordshire e especialista em autismo.
"Robôs são mais seguros para elas porque há menos a interpretar, eles são bem previsíveis", afirma.
Há projetos similares no Canadá, no Japão e nos EUA, mas a pesquisa inglesa é uma das mais avançadas. Até agora, cerca de 300 crianças com autismo já brincaram com Kaspar naquele país.
Especialistas sem ligação com o projeto afirmam que a ideia é promissora.
Para Abigael San, representante da Sociedade Britânica de Psicologia, é possível que as crianças transfiram o que aprenderam com o robô para suas casas.
Mas ela alerta que especialistas e pais não podem depender tanto assim de robôs.
"Não queremos que crianças com autismo fiquem muito acostumadas aos robôs. Elas precisam aprender a se relacionar com pessoas."
Kerstin Dautenhahn, pesquisadora da Universidade de Hertfordshire e responsável pelo projeto, diz que o robô também pode ser usado para crianças com síndrome de Down e outros problemas.
sábado, 5 de março de 2011
Vamos nos conscientizar...
O Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo foi instituído pela ONU em dezembro de 2007, que definiu a data de 2 de abril como marco da mobilização mundial para mostrar que há pessoas um pouco diferentes das outras, mas que, na sua essência, são tão humanas quanto todos.
Autismo é uma palavra desconhecida para muitos. Dessa forma o Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo busca esclarecer o que vem a ser o Autismo e disseminar informações sobre a importância do diagnóstico e da intervenção precoce.
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